DIA MUNDIAL DA AMAMENTAÇÃO
O aleitamento materno não é apenas
sinônimo de nutrição, mas também de vínculo, carinho, proteção e nutrição para
a criança e intervém para redução da mortalidade infantil de forma econômica e
eficaz. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam
aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos
ou mais. Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos
seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança. O leite materno possui TODOS os nutrientes que a criança
precisa nos primeiros seis meses de vida. Também garante a quantidade de água
necessária nesse período. Grande parte do leite de uma mamada é
produzida enquanto a criança mama, pelo estímulo da prolactina. A ocitocina,
liberada principalmente pelo estímulo provocado pela sucção da criança, também
é disponibilizada em resposta a estímulos condicionados, tais como visão,
cheiro e choro da criança, e a fatores de ordem emocional, como motivação,
autoconfiança e tranquilidade.
Por outro lado, a dor, o desconforto, o
estresse, a ansiedade, o medo, a insegurança e a falta de autoconfiança podem
inibir a liberação da ocitocina, prejudicando a saída do leite da mama. Nos
primeiros dias, o leite materno é chamado colostro, que contém mais proteínas e
menos gorduras do que o leite maduro, ou seja, o leite secretado a partir do
sétimo ao décimo dia pós-parto. A concentração de gordura no leite aumenta no
decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da mamada (chamado leite
posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança, daí a
importância de a criança esvaziar bem a mama em cada mamada e não ter pressa
para amamentar.
Número
de mamadas por dia: Recomenda-se
que a criança seja amamentada sem restrições de horários e de tempo de
permanência na mama. Nos primeiros meses, é normal que a criança mame com
frequência e sem horários regulares.
Duração
das mamadas: O tempo de
permanência na mama em cada mamada não deve ser fixado, pois o tempo necessário
para esvaziar uma mama varia para cada mãe e bebê e, pode ser influenciado pela
fome da criança, intervalo transcorrido desde a última mamada e do volume de
leite armazenado na mama, entre outros. O mais importante é que a mãe dê tempo
suficiente à criança para ela esvaziar adequadamente a mama. Dessa maneira, a
criança recebe o leite do final da mamada, que é mais calórico, promovendo a
sua saciedade e, consequentemente, maior espaçamento entre as mamadas. O
esvaziamento das mamas é importante também para o ganho adequado de peso do
bebê e para a manutenção da produção de leite suficiente para atender às
demandas do bebê.
Alimentos
que devem ser evitados na Dieta da Mãe: Cafeína, Chocolate, Frituras, Farinhas brancas: podem
contribuir para a formação de cólicas e gases. Alho e cebola: Alteram o sabor
do leite materno, em excesso podem diminuir a aceitação do bebê, Adoçantes
artificiais: Os adoçantes artificiais são compostos com aspartame, ciclamato e
sacarina. Prefira adoçantes naturais a base de stévia (Stevita®) ou a base de
sucralose (Línea®. Blenda®, Finn Sucralose®),
porém devem ser usados com muita moderação.
Alimentos
que devem ser incluídos na Dieta da mãe:
Água:
Cerca de 3 a 4 litros por dia,
Fontes
ômega 3: Farinha de Linhaça (marrom ou dourada) e Peixes – interferem
positivamente no desenvolvimento cerebral, neurológico e inteligência do bebê.
Fortalecem a imunidade da mãe e do bebê, Lactobacilos: Iogurtes (ex. Activia,
Nesvita, Biofbras) ou Leite fermentado (ex.Yakult),
Fontes
de cálcio: Sardinha, salmão, semente de gergelim, amêndoas, aveia, vegetais
verdes escuros (couve, brócolis, espinafre)
Observações
importantes: Os
alimentos que produzem gases intestinais na mãe são os que podem causar
desconfortos intestinais nos bebês até 6 horas após seu consumo. Se a mãe for
alérgica a algum alimento, deve evitar, pois esta alergia alimentar pode passar
para o bebê através do leite materno. É importante diminuir o consumo de leite
de vaca e derivados – as proteínas do leite são as maiores causadoras de
cólicas, alterações intestinais e alergias alimentares nos bebês. Procure usar
leite de vaca 1x ao dia pela manhã. Prefira derivados magros (iogurtes,
queijos, requeijão light), usando com moderação e prestando atenção nas reações
do bebê. Nunca exclua completamente os laticínios sem conversar com seu nutricionista, pode haver a necessidade de
suplementação de Cálcio para complementar
a dieta.
escrito pela nutricionista Ana Carolina Alves Marçal


